Admira o que foi alcançado em pouco mais de 70 anos de Independência, tendo que absorver milhares de novos imigrantes, se defender ininterruptamente dos seus inimigos e ser hoje uma nação inovadora, empreendedora e exitosa nas mais diversas áreas tecnológica, científica e humana?
Certamente, você se orgulha do Tzahal, o Exército de Defesa de Israel!
Sem ele, nem poderíamos estar escrevendo esta matéria.
Conhecido pela sua superioridade qualitativa, seja na força militar, nos valores e na ética, mas principalmente pelo seu capital humano: os chaialim.
Os soldados de todas as brigadas e unidades, das mais diversas hierarquias e graduações, que partilham de um espírito destemido, um sentido do dever, de moral e da entrega incondicional. Do compromisso com o legado e a Pátria.
Mas milhares de vidas foram sacrificadas pelo ideal sionista e pelo legítimo direito a um Estado Soberano. Quantos já se foram defendendo Israel ou foram vítimas do terror e do ódio dos nossos vizinhos?
Sentimos profundamente a perda de tantas vidas jovens, pais, mães, filhos. Muitos deles apenas começando a vida, deixando famílias, sonhos e planos.
No último Iom Hazikaron, em abril de 2020, lembramos 26.969 vidas interrompidas. E dói. Dói porque nos importamos com eles como se fossem nossos próprios filhos.
Trata-se de um sentimento único, que corre nas veias e não faz sentir parte da história e do destino comum. A sirene toca no dia Da Lembrança aos caídos, marcando a falta daqueles que não estão mais conosco.
Porém, não existe uma sirene que nos anuncie que muitos sobreviveram, mas ficaram com profundas feridas. Soldados que carregarão cicatrizes pela vida. Marcas profundas que falam de heroísmo e coragem. Mas de muito sofrimento, incertezas desafios, superação e resiliência.
Chagas silenciosas e invisíveis para quem não faz parte do entorno familiar e cotidiano dos feridos. Não escutamos mais falar deles. Desconhecemos seus nomes e suas histórias.
Israel possui, atualmente, 51 mil feridos com as mais diversas sequelas físicas e psíquicas. Vidas que, muitas vezes, dependerão sempre da ajuda de outros, famílias que devem enfrentar novas restrições. Soldados e vítimas do terror com amputações, cegueiras, mobilidade restringida e grandes traumas e culpas.
Quem cuida deles?
Quem não apenas se preocupa, mas também se ocupa? Beit Halochem, literalmente “A Casa do Combatente”, foi estabelecido logo após a Guerra de Independência (1949), com o propósito de fornecer tratamento e acompanhar o processo de recuperação aos 3.400 veteranos feridos naquela guerra. Desde então, milhares de novos membros que foram feridos durante o serviço ativo ou na reserva se juntaram à organização. Milhares de tratamentos e terapias estão à disposição deles, para que possam recuperar sua autoestima e a vontade de viver.
Os cinco centros Beit Halochem em Israel oferecem programas esportivos, recreativos e terapêuticos especializados no tratamento das mais diversas deficiências. É a única organização legalmente responsável por representar e defender os direitos dos Veteranos Feridos no Serviço de Tzahal.