Tribuna Judaica: A Secretaria Geral é o coração do nosso clube. Em tempos da pandemia como estão os batimentos cardíacos?
Fernando Rosenthal: Os batimentos cardíacos estão bastante elevados. Enfrentei pessoalmente bastante tristeza com o fechamento do clube. Foi, sem dúvida nenhuma, um vazio para todos nós. Um período muito difícil e de muitas incertezas. Fomos confortados pela incrível parceria e entendimento de nossos sócios. Nossos funcionários da Secretaria trabalharam muito para atender às necessidades e cuidamos de cada caso individualmente, atentos às dificuldades nesse tão difícil momento. Foram muitos os momentos que me emocionei em conversas com sócios. Quero destacar o empenho dos diretores voluntários e membros do Conselho que arregaçaram as mangas e fizeram de tudo para que a Hebraica passasse por este período da maneira mais confortável possível .
TJ: Quais foram as providências imediatas para enfrentar este desafio?
FR: Desde que o presidente Daniel Bialski e sua diretoria executiva optaram pelo fechamento do clube – antes da determinação oficial – passamos a trabalhar em uma realidade diferente. Funcionários passaram a trabalhar remotamente, e o Gaby Milevski e a Mariza de Aizenstein coordenaram as adaptações ao mundo digital. A Secretaria Geral se preparou para que o sócio tivesse a percepção e o acolhimento necessários de que estávamos disponíveis para atender as necessidades. Enxergamos nosso papel, como o de enfatizar ao sócio a necessidade da continuidade dos pagamentos mesmo com o fechamento do clube. No segundo mês, já começamos a aplicar descontos opcionais de 18% nas mensalidades e 50% nas atividades. Além disso, acentuamos nosso atendimento individual com assistência social.
TJ: Com o clube aberto neste mês, quais foram os preparativos e quais são as principais orientações para os associados?
FR: O processo de abertura foi amplamente negociado com a Prefeitura de São Paulo e já estávamos tomando as medidas necessárias para preparar o clube desde junho. Nessa primeira fase da abertura, estarão à disposição dos sócios as áreas abertas, seguindo o protocolo com a prefeitura. O uso de máscaras e o distanciamento social serão obrigatórios e seremos bastante rígidos com essas medidas. As entradas do clube estão equipadas com cabinas de desinfecção, medidores de temperatura e álcool gel. Foram espalhadas diversas orientações para o uso correto dos equipamentos e espaços e temos certeza que nossos sócios nos ajudarão para que estejamos todos seguros.
TJ: O que podemos esperar para o novo normal na Hebraica? E qual foi o seu desafio e aprendizado?
FR: Até que não tenhamos uma vacina cuidaremos ao máximo da segurança de toda a nossa família Hebraica. Ainda teremos mais adaptações nos próximos dias e meses e penso que viveremos momentos entre os espaços do clube e a Hebraica Nossa casa (nossa plataforma digital), principalmente para aqueles que são grupo de risco e ainda não poderão vir ao Clube. Saibam que trabalhamos bastante nesse período e que os estamos esperando de braços abertos, com segurança e novidades! Apreendi muito nesses tempos. Fomos desafiados e acredito que conseguimos realizar nosso trabalho a contento de nossos sócios. Espero muito que possamos nos tornar seres humanos melhores, mais preocupados com nossas famílias, amigos e com qualquer um que precisar de nossa ajuda. Terminaria dizendo que nada acontece por acaso. Tudo tem um propósito. TJ