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A 23ª edição da mostra trouxe 33 filmes de 11 países, que transformaram o clube em um grande tapete vermelho, agradando aos cinéfilos de dentro da comunidade e de fora dela

 

Já virou tradição da Hebraica de São Paulo brindar o público paulistano, todos os anos, com um caprichado Festival de Cinema de temática Judaica. Este ano não foi diferente.

No mês de agosto, a gestão de Daniel Bialski organizou a sua 23ª edição, que com o passar dos anos se iguala (e às vezes supera) aos principais festivais do gênero em todo o mundo.

A equipe liderada por Gaby Milevsky, que já acumula mais de duas décadas de experiência na organização do evento, inicia o planejamento seis meses antes da abertura do Festival. Com a excelente indicação de filmes feita pela curadora Daniela Wasserstein e com a ajuda de um grupo dedicado de profissionais e voluntários, é feita a seleção das produções que serão assistidas por um público que espera ansioso pela realização.

Uma das tarefas mais difíceis deste grupo é escolher o filme para a noite  de abertura, entre tantas boas opções (só este ano foram 33 filmes selecionados, vindos de 11 países). O escolhido foi “Quem vai escrever a nossa história?”, de Ran Tal, que ganhou o Prêmio de Melhor documentário no Toronto Jewish Film festival 2019. A película traz um olhar lírico sobre o Museu de Israel em Jerusalém.

O filme encantou o público de convidados que esteve presente na Hebraica na noite de abertura, entre dirigentes comunitários, autoridades ligadas à cultura, representantes diplomáticos, celebridades do mundo do cinema e aqueles que compraram ingressos com antecedência. O evento este ano contou também com uma sessão voltada especialmente aos jovens.

 

Maratonas cinematográficas

 

Por cerca de dez dias, a Hebraica se transformou em um enorme tapete vermelho, onde sócios e não sócios circularam para se deliciar com os mais diferentes tipos de filmes, capazes de agradar a quase todos os gostos.  Verdadeiras maratonas cinematográficas foram cumpridas por aqueles cinéfilos da comunidade e fora dela.

Todo este sucesso não seria possível sem a dedicação do Departamento Social/Cultural, liderado por Sandro Assayag, que com a equipe de apoio de Sylvia Lohn e Gabriel Scherer, cuidaram da parte operacional do evento (que envolve muitos detalhes para que a plateia possa se sentar e assitir seu filme tranquilamente). Claro que também é preciso mencionar a participação especial de José Luiz Goldfarb, que com toda a sua cancha de dezenas de Festivais e como diretor o Departamento de Cultura Judaica, contribuiu muito para a equipe desta mostra.

Também é preciso elogiar o esforço importante da área de divulgação da Hebraica, comandado pela Mariza de Aizenstein, que com criatividade vestiu  o clube com as cores amarelas, em uma decoração única. Ela também trouxe uma novidade: uma cabine que as pessoas podiam ser fotografadas e que fez muito sucesso entre o público. Com a visibilidade nas redes sociais, mídia judaica  e nacional, trouxe para o clube cerca de dez mil pessoas.

Confira cinco destaques entre os 33 filmes exibidos no festival (além do já citado filme de abertura):

 Skin”: curta-metragem israelense, vencedor do Oscar de 2018, que deixou o público perplexo no seu final. O filme trata do delicado tema do racismo, abordando um crime e seus desdobramentos a partir do ponto de vista de duas crianças, uma branca e outra negra.

 “Cadarços”: O filme, que pode ser considerado a grande surpresa do festival, conta a história de Reuven, um israelense que depois de divorciado há anos e separado do filho, vê sua ex-companheira falecer e enfrenta o desafio de cuidar de seu filho adulto, portador de necessidades especiais.

“Black Honey”: A produção resgata a memória de um dos maiores poetas israelenses de língua iídishe, Abraam Sutkever, e as agruras sofridas pelos judeus de seu tempo. Participante do movimento clandestino Paper Brigade, que ajudou a salvar os manuscritos judaicos dos nazistas, Sutkever, curiosamente, sobreviveu à Shoá por ter sido resgatado por Stalin em um avião privado.

Você só morre duas vezes”: documentário apresentado pelo cineasta israelense Yair Lev, que veio especialmente ao Festival. O filme trata da vida do próprio diretor que também é o ator do filme, que descobre que a identidade de seu avô foi roubada durante a Segunda Guerra Mundial.

“De volta ao Maracanã”: um dos mais procurados do festival, que conta a jornada de um avô, um pai e um filho que viajam de Israel para o Brasil – terra natal do avô – para assistir aos jogos da Copa do Mundo.

Um festival com este gabarito traz para todos nós uma reflexão bastante importante: cada vez mais é preciso incentivar este tipo de empreendimento cultural que, além de entreter o público, mostra que investir em todas as formas de judaísmo dá retorno a longo prazo.

Segundo o diretor da área de Cinema da Hebraica, Joel Rechtman,  “devemos agradecer a todos os envolvidos, tanto os que organizaram como aos patrocinadores que acreditam nesta ideia. Que venham mais festivais e que venham mais filmes que mostrem a nossa tradição, costumes e herança cultural”. TJ

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