O vereador Daniel Annenberg (PSDB) recebeu em seu gabinete na Câmara Municipal de São Paulo, os rabinos David Weitman, da Congregação e Beneficência Sefardi Paulista e Ten Yad; Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista (CIP); Yossi Alpern, do Beit Chabad Central, e Moti Begun, da Sinagoga Talmud Thorá e Escolas Gani-Lubavitch. “O Daniel é nosso legítimo representante na Câmara Municipal, defendendo os interesses da comunidade, e da população em geral”, afirmou o rabino David Weitman.
Na ocasião, foi realizada a colocação das mezuzot nas portas de seu gabinete, para trazer proteção e lembrar de nossa espiritualidade. Ao fixar a mezuzá no umbral do escritório do gabinete, o rabino Michel Schlesinger apontou uma peculiaridade. Colocada em posição inclinada – nem vertical, nem horizontal -, a mezuzá representa o caminho do meio: “Entre um pensamento extremo e outro, há sempre uma possibilidade intermediária. E, assim como na tradição judaica, o Daniel tem buscado esse meio termo desde a época do seu trabalho no Poupatempo, depois no Detran e na Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), e agora na Câmara Municipal”, destacou o rabino Michel.
Em tempos de crescente polarização política e aumento da intolerância, Annenberg sempre defendeu que é preciso exercitar diariamente o respeito e a gentileza entre todos. Basta lembrar o recente episódio de antissemitismo protagonizado pelo vereador Adilson Amadeu (DEM), durante sessão no plenário da Câmara, quando chamou Daniel Annenberg de “judeuzinho filho da p…” enquanto os parlamentares decidiam se colocavam ou não em votação um projeto de lei de Amadeu que impõe uma série de restrições a motoristas de aplicativos, como Uber e 99.
O vereador acredita que, independentemente das crenças religiosas ou políticas de cada um, o mundo precisa de diversidade: “Trabalhar na Câmara implica, também, em conciliar posições antagônicas, cultivar a tolerância e o bom senso. Nesse sentido, a colocação das mezuzot por rabinos de diferentes congregações nos ajuda a encontrar esse equilíbrio, esse importante espírito de união”, observou Annenberg. TJ